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Mostrando postagens de maio, 2011

Mutável

Sinto saudades de você, de mim, de nós... De nós? Que nós? Sempre houve o eu... O você... Mas não o nós. Acho que por isso sinto falta de mim mesma. Eu era outra, eu fui outra, eu me tornei outra. E porque não dizer que eu me sinto outra? A outra. Uma outra pessoa, um outro eu, uma outra Lívia. Mas não a Lívia mesmo, essa não mais reside neste corpo e alma, mutável como ela, não é a mesma. Nunca mais será. Lívia Otero - 2.5.11

Lobotomia

As lágrimas descem à minha boca Mas como saem de meus olhos? Não as sinto, não as vejo Se quer percebo sua descida aos meus lábios Lábios que nunca beijaram quem mais desejam Quem mais anseiam por um toque O cheiro, o olhar, o sabor Da tua boca em minha boca Me sinto vazia, seca, oca Como uma árvore sem essência Como um corpo sem alma Uma lobotomia psicológica Acho que no ápce da dor humana E do coração partido Lívia Otero - 26.5.11

Imensurável

Carência, desejo, saudade Desse verde esmeralda Que agora ha de me evitar De fugir de mim Me sinto como quem quer apertar água Como quem quer mais ar do que os pulmões suportam Como quem deseja um pincel quem pinte infinitamente Ou um fôlego que não acabe jamais Queria, quero, ser mais por vc Quero engarrafar as gotas Inspirar para sempre Pintar o quadro infinito Te amo mais que à mim Te amo mais que você mesma Te amo mais do que posso Se tornando... Imensurável Lívia Otero - 26.5.11 - 01:50

O Amor me condena

Uns e outros me condenam por palavras que hão de sair de minha boca (ou dedos)... Ou até mesmo, atitudes que hei de tomar. Mas só eu sei o que sinto... E o que você sente. E não nos condeno por isso, muito menos à mim. Só eu sei o que é deitar e dormir a noite, não feliz e nem bem, mas um sono tranquilo, por ter feito o que seria o certo e não ter sido egoísta. Eu te amo. E isso basta pra mim. Porquê, por causa disso, eu sempre farei de tudo para te ver feliz. Mesmo já não sabendo mais se in ou felizmente, te amarei para sempre. Lívia Otero - 2.5.11

A Razão, o Coração e a Felicidade

As noites estão mais curtas, os dias mais longos, meus sonhos mais embaralhados e sujos, enebliados, quase borrados. Até minha racionalidade está confusa, ela parece que está sem falar com o coração, mas eu não sei porquê. Logo ela que é tão sensata, não faz nada por impulso e sem pensar antes, porquê ha de brigar com o coração, que é tão passional e põe o amor e o carinho pela razão na frente de qualquer outra coisa? Achei que um iria compreender as atitudes do outro, ao que me parece, um só quer o bem alheio e vice versa. E, afinal, os dois sempre trabalharam pela mesma coisa, aquela menina sapeca que vive a brincar por ai e é só sorrisos com os dois. Ela é o motivo da harmonia entre o casal, é a filha do casal, na verdade. Uma tal de... Felicidade. Eu queria conseguir entender como pais tão zelosos e preocupados, acabam por não se entender e fazer a coitadinha fugir do lar. É de comum acordo que criar uma adolescente como a Felicidade é difícil, mas tenho certeza que os dois fazem o